quinta-feira, 29 de março de 2012

O TAROH DE MARSEILLE


                                        
                                      TAROT DE MARSELHA

A palavra tarô na língua portuguesa (ou em outras línguas: tarot, tarock, tarok, tarocco, tarocchi etc) não possui uma tradução específica, ninguém sabe ao certo sua real etimologia ; contudo, podemos entender que a função de seus jogos e estudos seja revelar "um novo caminho ou postura perante os objetivos".

Ele é considerado um alfabeto simbólico composto por imagens arquétipicas as quais estão baseadas na vida humana em seu complexo sentido de começo-meio-fim.

O tarô também pode ser considerado como um diagrama da vida, uma mensagem do inconsciente ou até a ponte entre o plano terrestre e o espiritual. Assim, neste contexto, o tarô serve tanto para uma orientação psicológica ou terapêutica quanto para a adivinhação ou predição do futuro; também, para muitos, é considerado o melhor veículo para o autoconhecimento .
  • O tarô tradicional possui 78 cartas, cada qual é denominada de arcano , palavra que significa "mistérios ou segredos a serem desvendados" e foi incorporada pelos ocultistas do século XIX que até então se chamava trunfos . Atualmente, tanto os estudiosos quanto as modernas editoras estão tentando desmembrar o que seja um tarô ou não e, geralmente, se tem classificado de baralho ou cartas tudo aquilo que não seja os peculiares 78 símbolos do tarô tradicional.
  • Por exemplo, as cartas ciganas, as cartas xamânicas, as cartas dos anjos etc - todas possuem um espetacular valor e, no entanto, suas imagens arquetípicas estão baseadas em outra codificação espiritual.

quarta-feira, 28 de março de 2012

ORIGEM DAS ESTÓRIAS DOS AMULETOS E TALISMÃS




As superstições e as lendas vêm de tempos imemoriais. E a mais sublime de todas é a que diz respeito à aparição do homem na face da terra e, ipso facto, à sua expulsão do éden. Perdeu Adão o paraíso... Porque? Cherchez la femme? Procurai a mulher — dizem os franceses. Ela é a responsável indireta por tudo que de bom ou ruim acontece ao homem.
Despreocupado, no seu isolacionismo, o primeiro varão parecia ser feliz no paraíso celeste. Mas veio Eva e com ela a primeira culpa e a primeira preocupação.
A perda do paraíso deu origem à criação do vocábulo — Felicidade. E desde então tudo o que os descendentes de Adão e Eva fazem neste mundo gira em derredor desta palavra mágica. Mas por mais que a humanidade se afadigue jamais conseguirá ser totalmente feliz. É que, assim como o mundo a palavra cresceu, tomou fundo, forma e significados diversos. Daí a sua relatividade humana: para um vaidoso, felicidade significa — dinheiro; para um doente, saúde; para uma moça, um bom partido, etc.
No fragor da luta pela vida nasceram a inveja, o despeito e a ambição de subir... E para livrar-se da influência maléfica o homem inventou os amuletos e talismãs e tornou-se supersticioso.
Os séculos sucederão aos séculos, as gerações às gerações, mas, enquanto o mundo for mundo há de haver sempre quem acredite que o 13 dá azar, a ferradura dá sorte e o trevo de quatro folhas é o símbolo da felicidade.
A muitos não importa saber o porque dos azares e das sortes. Também para que?!... "A vida é curta e o prazer raro". Os nossos ancestrais acreditavam em fetiches — dizem muitos — e isso é o bastante...
Quando se fala em coisas que dão azar vem logo à nossa mente o número 13. E tanto isso é verdade que nos Estados Unidos, há um clube para combater a superstição mediativa a esse número, na Europa não se encontram os quartos 13, 113, 213, etc.
A superstição conseguiu grandes progressos entre os aviadores e artistas de cinema. Quando deram a Greta Garbo a mesa número 13, num restaurante francês, a estrela sueca saiu tão depressa do restaurante que todos pensaram que houvesse uma cobra debaixo da mesa...
Em Hollywood, a crendice tornou-se coisa corriqueira. Nos dias 13 lá se trabalha também. Mas, se o filme fracassar, eis o pretexto: foi rodado no dia do azar...
A superstição ao 13 vem da Santa Ceia. Os profetas já haviam divulgado: "haverá uma ceia em que tomarão parte treze pessoas, inclusive o Messias. Uma delas trairá o Filho de Deus".
Se o leitor é supersticioso, naturalmente, agora, vai passar a ter terror ao número 13. De fato: se contarmos, da direita para a esquerda, os personagens da Santa Ceia, encontraremos 13 pessoas. E justamente a número 13 corresponde ao traidor — Judas.
O gato preto e o sapo sempre foram acessórios fatídicos, muitos usados pelas bruxas e feiticeiros. Do sapo adveio o famoso veneno — água tofana — muito usada por célebres envenenadores da Idade Média.
No esoterismo e cabalismo há muitos símbolos que servem para o bem como para o mal. Outras seitas secretas adotam emblemas impressionantes como a chamada "câmara de reflexão", onde o galo significa: "sou eu quem desperta o dia"; a foice dá idéia da morte, juntame
A figa — mão fechada com o polegar mal oculto entre o indicador e o dedo grande, tem um história muito mais complexa do que se imagina. Quando se vê uma figa ornando o bracinho dos bebês, suspensa na pulseira ou pendente do cordão de ouro das crianças, mal se imagina o que apresenta, em sua origem e como o interpreta a psicanálise.
Usa-se hoje como um amuleto inocente, destinado a desviar o mau olhado e a preservar as crianças das consequências do "olho grande".
Explicando a doutrina de Freud, reporta-se o professor Franco da Rocha, à psicologia das nevroses, para mostrar como as forças da origem sexual se desenvolvem e tomam, muitas vezes, sentido diverso de forma primitiva. Está nesse caso o culto da figa, estilizado no seio de quase todos os lares como um poder benéfico para conjurar possíveis males. Ela é, entretanto um vestígio do culto fálico. Perdeu-se a ligação mental originária, isto é, a significação primitiva do objeto, mas ficou a feição física que lhe trai a origem. Sendo um simples objeto conjurador de males, a ética hoje, não impede que ele ande com as medalhas pendentes do pescoço das crianças e nas cadeias dos relógios dos homens.
O comércio de figas está muito desenvolvida em todo o Brasil. As figas de pau d'alho, guiné, guiné africano, arruda, azevinho e outras madeiras — Informa o padre Teschauer — protegem o indivíduo e, particularmente, as crianças contra o mau olhado, feitiço, invejas, pragas de toda sorte. Existem de todos os tamanhos e formatos.
"A ferradura pregada na porta principal, traz felicidade ao dono da casa" — dizem todos. Se a encontrarmos na estrada virada para nosso lado indica bons augúrios.
Ora, não há mentira sem um princípio de verdade. A ferradura fora, em outros tempos, motivo de felicidade.
Os chamados príncipes da igreja ferravam os seus cavalos com ferraduras de ouro. Como é natural, quando gastas, as ferraduras se desprendem-se dos cascos dos animais. Daí a alegria quando um pária encontrava na estrada ou no campo uma ferradura de ouro. Os tempos mudaram, mas o povo continua acreditando na lenda. É esse misticismo que alenta a vida. É a "fé que remove montanhas", que fomenta o milagre. Milagre como esse de se encontrar um trevo de quatro folhas — o símbolo da felicidade.
Quanta moça, em vão não tem buscado nos campos, o trevo milagroso?!... É muito difícil encontrá-lo. Constitui mesmo um milagre... Daí a crença geral de que são felizes aqueles que o encontram.

 
A ampulheta, que foi o primeiro relógio, significa "o tempo passa ainda mais depressa que a minha areia". A estrela flamejante é o símbolo do gênio que eleva a grande coisas. E a estrela de cinco pontas é o símbolo do ser humano.
O pajé é tudo para os selvagens: sabedoria, coragem, felicidade. Dai ser muito comum encontrarem-se estatuetas desses índios nos lares cristãos, mormente nos adeptos do espiritismo.
Existem tantas estórias e talismãs, quanto há pessoas com fé pra crer nelas...
Por isso tenha fé. è ela que dá energia ao que você acredita...

segunda-feira, 5 de março de 2012

"CONHEÇA O PODER DAS VASSOURAS DE BRUXA..."



Se deixada sobre a entrada de uma casa, ela "varre" todas as energias negativas que forem “lançadas” para a casa ou para alguém que more nela. Se colocada embaixo do travesseiro, ela traz bons sonhos e protege o sonhador.

As bruxas européias foram relacionadas a este objeto por causa da perseguição imposta aos praticantes de magia. os Inquisidores diziam vê-las voando, em suas vassouras.

Fato  que ainda nos dias atuais segue sendo explorado em filmes, desenhos e pelo próprio folclore criado acerca do tema.

Mas as vassouras, eram utilizadas pelos praticantes das Artes Místicas,  para purificar simbolicamente o local onde os rituais eram praticados.

E também nas danças e  rituais, em que elas percorriam um círculo imaginário, dançando e realizando o ato de varrer o ar.

Daí talvez,  tenha surgido a idéia de voar em vassouras...

O fato é que a vassoura é para aqueles que praticam as Artes Místicas,  um objeto de purificação, que ajuda a limpar o ar das impurezas ou de energias negativas acumuladas com o passar dos dias.

É bom ter vassouras, em casa, na  forma de amuleto, penduradas atrás da porta principal, da sua casa.

Na cozinha, elas entram disfarçadas como um imã de geladeira ou um quadrinho inocente na parede.

Algumas pessoas colocam pequenas vassouras até nas janelas, escondidas pelas cortinas, como forma de proteção das energias que vem da rua...

sexta-feira, 2 de março de 2012

"OXOSSI, O SENHOR DA CAÇA"



Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.

Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados.

Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.

Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras.


Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.

Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo.

Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado.


Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.

Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.


No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.

 Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.